Bicicleta do BTT
São muitas as histórias que nos contam que nas décadas de 40 e 50 alguns ciclistas já utilizavam bicicletas para
percorrerem trilhos, porém sem a expressão e a explosão que ocorreu no final dos anos 70, nos trilhos das montanhas
da Califórnia, nos Estados Unidos da América.
Isto aconteceu quando, Charles Kelly, Jobst Brandt, Gary Fisher e outros começaram a frequentar os trilhos das
montanhas da Califórnia, para encarar os trilhos e descer serra abaixo. Este tipo de bicicleta surgiu da necessidade de
obter máquinas suficientemente robustas para superarem os obstáculos impostos pela natureza, principalmente nas
enormes descida das colinas da Califórnia, pelas quais os primeiros Ciclistas se lançavam a grande velocidade.
Como as bicicletas de estrada não estavam adequadas a este tipo de aventuras, começaram por adaptar a tradicional
bicicleta do carteiro.
Essas adaptações foram surgindo de forma artesanal, nas garagens dos mais aventureiros. Foi o principio de uma
indústria que hoje vive muito à custa da alta tecnologia.
O tempo foi passando, e as provas de BTT começaram a proliferar e a ser organizadas. A primeira a ser criada foi o
Repack Downhill realizada em Mount Tamalpais na Califórnia, onde surgiram diversos atletas que marcaram o BTT
mundial, como Ned Overend.
E na junção das potencialidades de cada um, criaram a Mountain Bike, bicicleta destinada directamente para o novo
desporto. Todavia a modalidade só cresceu, quando Mike Syniard, apostou neste novo desporto e nas suas
potencialidades, criando a Stump Jumper a primeira BTT de sucesso comercial através da união com a Ritchey.
A par desta nova modalidade desportiva, o sector industrial, fez aparecer e desaparecer muitas empresas, que com toda
a certeza deram o seu contributo para o crescimento do BTT. E a cada ano que passa, novas inovações são anunciadas,
fazendo dos acessórios de BTT, material de alta qualidade.
A nível de competição, o BTT tem duas vertentes principais: o Downhill e o Cross-country. Na vertente do Downhill, o
objectivo é descer uma encosta o mais rápido possível. Quanto mais dificuldades houver pelo caminho, melhor....pelo
menos para quem está a assistir e quiser ver umas valentes quedas dos praticantes.
Já no Cross-country é preciso muita resistência física, algum espírito de sacrifício e os tombos também costumam
marcar presença. As corridas têm a duração média de 2 horas e estão escalonadas por classes etárias. O BTT tem
regras específicas, que o demarcam das outras actividades velocipédicas.
Assim, o BTT cada vez mais vem conquistando adeptos, e hoje está em quase todas as regiões do mundo. Com tantas
competições realizadas, a qualidade e o nível técnico dos atletas espalhou-se pelo mundo e em 1996, o BTT passou a ser
um desporto olímpico, estreando-se nos Jogos Olímpicos de Atlanta.
Contundo, o BTT não é só praticado por atletas federados. Todos aqueles que gostam de pedalar, seja uma vez por ano,
ou mais, devem continuar a fazê-lo.
Sabia que…
Pedalar numa BTT de 1000 contos corresponde, do ponto de vista evolutivo, a conduzir um carro de F1.
Durante uma prova de Cross-country, o atleta não pode receber apoio exterior a não ser o fornecimento de alimentação e
assistência médica. Qualquer outra anomalia, como furos, avarias, etc, terão que ser resolvidos exclusivamente pelo
atleta.
Nasceu em 1979, nos EUA, a primeira bicicleta de Todo o Terreno com o nome de Stuntjumper.
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